sábado, 2 de agosto de 2025

Na Estrada de Montevideu



No final de 1814 foi mandada aprontar uma divisão de voluntários, a ser composta de pouco menos de 5000 militares das três armas, com o objetivo de intervir no sul do Brasil. Este blogue é uma humilde contribuição para o conhecimento da história da Divisão de Voluntários Reais do Príncipe, e depois d'El-Rei, entre 1815 e 1824, assim como das tropas da Capitania do Rio Grande.
A campanha de 1816 foi um esforço conjunto de mais unidades do Exército do Brasil e de Portugal num teatro de operações que ia desde a costa atlântica à costa do rio Uruguai, com quatro colunas distintas.
Apesar de adotar uma perspetiva portuguesa do conflito, este blogue procura também a perspetiva oriental a fim de traçar a mais fiel possível descrição dos acontecimentos desta guerra.

AS BATALHAS
As ações, sítios e batalhas da campanha, com ligação aos artigos disponíveis sobre elas, com ênfase forte nos memorialistas.
AS BIOGRAPHIAS
Em constante atualização, aqui pode encontrar ligações à biografia de alguns dos militares, portugueses e federais.
OS MOMENTOS
Os artigos sobre momentos que não envolvem combate.
OS VOLUNTARIOS
Listas e caracterização dos militares da Divisão dos Voluntários Reais.
AS TÁCTICAS
Os artigos predominantemente da análise tática militar.
AS MEMORIAS
As vozes dos combatentes e testemunhas dos eventos.
UMA BIBLIOGRAPHIA 

1815 | 1816 | 1817 | 1818 | 1819 | 1821 | ... | 1823

Embarque da DVR a 29 de Maio de 1816, na Praia Grande (J. B. Debret)

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Carta Régia a D. Álvaro da Costa (21 de julho de 1823)

«D. Alvaro da Costa de Sousa Macedo, Commandante das Forças em Monte Video, ou na sua falta quem suas vezes fizer: Eu El Rei vos envio muito saudar: Havendo encarregado o Conde de Rio Maior, e o Desembargador Francisco José Vieira de passarem á Corte do Rio de Janeiro, com a importante comissão de junto do meu sobre todos muito amado e Prezado Filho Primogenito D. Pedro de Alcantara tratarem de restabelecer a harmonia, evitando se a desintelligencia que infelizmente tinham suscitado as pérfidas violências da Facção que insidiciosamente se havia levantado nestes Reinos, e que em todas as suas sinistras maquinações só tinha por objecto a perda de toda a Monarchia Portugueza em geral. Fui outro sim servido authorizallos para igualmente alli tratarem dos arranjos necessários para a evacuação das Forças de Mar e Terra que se acham nessa Praça e Banda Oriental do Rio da Prata; e de tudo o mais quanto for adequado para que assim devidamente se execute; avisando-vos dos termos em que tiverem convido a semelhante respeito: Portanto ordeno-vos que com a sua participação procedais logo á mencionada evacuação, pois em todo o sobredito, vos devereis inteiramente conformarao que, em meu Real Nome, vos fôr comunicado pelos referidos Commissarios todos, ou por aquelles que sobreviverem, e não forem compreendidos em qualquer legitimo impedimento, que perturbe a algum deles do exercício desta Commissão que a todos Fui servido encarregar, ficando a força que tendes debaixo do vosso comando assim dependente do que eles vos participarem q he do Meu Serviço, e do meu sobre todos muito Amado e Presado Filho Primogenito D. Pedro d’Alcantara. O que tudo assim cumprireis. Escripta no Palacio da bemposta aos vinte e um de Julho de mil oitocentos e vinte e três.

Rey»


Fonte

AHU, ACL, CU 065, Cx. 4, Doc. 217