Nesse mesmo dia, o tenente coronel José de Abreu impediu a passagem de reforços, um pouco mais a sul, comandados por Pantaleón Sotelo, iniciando uma gesta de cerca de um mês onde liderando cerca de 600 militares, destacados da força principal pelo general Joaquim Xavier Curado, fez prodígios de valor até que finalmente aliviou e quebrou o sítio a S. Borja.
Antecedentes
A 13 de Setembro, o tenente coronel José de Abreu estava ainda no passo do Batista, onde é hoje a cidade de Quaraí, destacado pelo brigadeiro Tomás da Costa Rebelo Correia e Silva, com o fim de atacar as forças orientais na área do Lunaresco, na zona entre os rios Quaraí e Arapey, e tendo por objetivo Belén, na costa do rio Uruguai. Nessa sexta-feira, Abreu recebe a informação que Andrés Artigas tinha já passado o rio na área do Rincão de S. João e ameaçava a vila de S. Borja. José de Abreu decide reunir todos os seus oficiais para determinar se deve continuar a missão que tinha ou se devia deslocar-se para norte e atacar as forças federais em Missões. Por decisão unânime, todos decidem ir defender Missões.
Há uma certa confusão nas comunicações do tenente general Joaquim Xavier Curado relativamente à posição de Abreu, pois, tendo já no dia 14 dado ordens a Abreu para atacar os orientais que passavam o rio Uruguai a norte, supôs em diferentes ocasiões que Abreu estava pronto a atacá-los no dia 15, e depois a 19. Ora, de facto, como vimos, a 13 ainda Abreu estava na costas do rio Quaraí, a 200 quilómetros, em linha reta, de S. Borja, e na dúvida ainda do que fazer, face às inesperadas notícias que vinham de Missões.
Ainda assim, José de Abreu começou a sua marcha. De acordo com os seus planos, a 13, a ideia era levar a sua coluna, de cerca de 670 homens (uma parte, aliás signicativa, de todo o exército da capitania do Rio Grande, que ainda estava a juntar-se junto ao rio Ibirapuitã), pelas costas do Quaraí, como se o seu objetivo fosse ainda o anterior, de atacar as forças orientais na área de Belén, largando bombeiros para ambos os lados, e infletir depois pelo passo da barra do Ibicuí e subir pela costa ocidental do Uruguai.
Passos de Japejú e Santa Maria
Há uma enorme preocupação de Abreu em manter oculta a sua real intenção, resultando isso na surpresa que obteve em Japejú, caíndo sobre as forças orientais no passo, onde os reforços orientais de Pantaleon Sotelo estavam no processo de passar as suas forças para território português, com vista a subir e juntar-se a Andrés Artigas.
Sotelo passou a infantaria no dia anterior, 20, e esperou pelo dia seguinte para começar a passar a cavalaria. É nesta altura que a coluna Abreu chega, cremos já tarde no dia (apesar de não haver uma indicação clara da hora), ganha a beira rio e começa a atacar os orientais já na costa ocidental e os barcos que passavam.
Com base nas informações dadas pelos índios que são capturados no mato junto à barra do rio Ibicuí, de que a cavalaria oriental se estaria a dirigir em barcas para o interior do rio, Abreu destaca o esquadrão de Dragões do Rio Grande, sob o comando do capitão José de Paula Prestes, para se adiantar ao passo de Santa Maria, onde estes encontram de facto umas duas centenas de tropas orientais a passar para a margem norte, no que é já território de Missões.
Envia também meio esquadrão de Entre Rios, sob o comando do capitão Floriano dos Santos, para rechaçar passagens no passo abaixo, que julgo ser o de S. Marcos
Após lidar com a passagem de tropas no Japejú, Abreu decide levar o grosso da sua força para o passo de Santa Maria, de onde o capitão José de Paula Prestes o informa que estavam 200 homens e duas canhoneiras, a passar homens para a margem norte do Ibicuí.
Quando chega a noite, Abreu retira para a área onde havia deixado a bagagem, continuando o tiroteio das canhoneiras no rio. Acaba assim a primeira semana das operações da Coluna Abreu.
Demorarão 2 dias a passar o rio Ibicuí, que estava muito cheio, e seguem a 26 para norte combatendo e destroçando, em duas ações separadas, os elementos da divisão de Sotelo que haviam atravessado os passos, e no dia 27, no arroio Ituparaí, face a 200 cavaleiros orientais que Abreu supunha ser a vanguarda de Sotelo.
A Visão Portuguesa
Antecedentes
A 13 de Setembro, o tenente coronel José de Abreu estava ainda no passo do Batista, onde é hoje a cidade de Quaraí, destacado pelo brigadeiro Tomás da Costa Rebelo Correia e Silva, com o fim de atacar as forças orientais na área do Lunaresco, na zona entre os rios Quaraí e Arapey, e tendo por objetivo Belén, na costa do rio Uruguai. Nessa sexta-feira, Abreu recebe a informação que Andrés Artigas tinha já passado o rio na área do Rincão de S. João e ameaçava a vila de S. Borja. José de Abreu decide reunir todos os seus oficiais para determinar se deve continuar a missão que tinha ou se devia deslocar-se para norte e atacar as forças federais em Missões. Por decisão unânime, todos decidem ir defender Missões.
Há uma certa confusão nas comunicações do tenente general Joaquim Xavier Curado relativamente à posição de Abreu, pois, tendo já no dia 14 dado ordens a Abreu para atacar os orientais que passavam o rio Uruguai a norte, supôs em diferentes ocasiões que Abreu estava pronto a atacá-los no dia 15, e depois a 19. Ora, de facto, como vimos, a 13 ainda Abreu estava na costas do rio Quaraí, a 200 quilómetros, em linha reta, de S. Borja, e na dúvida ainda do que fazer, face às inesperadas notícias que vinham de Missões.
Ainda assim, José de Abreu começou a sua marcha. De acordo com os seus planos, a 13, a ideia era levar a sua coluna, de cerca de 670 homens (uma parte, aliás signicativa, de todo o exército da capitania do Rio Grande, que ainda estava a juntar-se junto ao rio Ibirapuitã), pelas costas do Quaraí, como se o seu objetivo fosse ainda o anterior, de atacar as forças orientais na área de Belén, largando bombeiros para ambos os lados, e infletir depois pelo passo da barra do Ibicuí e subir pela costa ocidental do Uruguai.
Passos de Japejú e Santa Maria
Há uma enorme preocupação de Abreu em manter oculta a sua real intenção, resultando isso na surpresa que obteve em Japejú, caíndo sobre as forças orientais no passo, onde os reforços orientais de Pantaleon Sotelo estavam no processo de passar as suas forças para território português, com vista a subir e juntar-se a Andrés Artigas.
Sotelo passou a infantaria no dia anterior, 20, e esperou pelo dia seguinte para começar a passar a cavalaria. É nesta altura que a coluna Abreu chega, cremos já tarde no dia (apesar de não haver uma indicação clara da hora), ganha a beira rio e começa a atacar os orientais já na costa ocidental e os barcos que passavam.
Com base nas informações dadas pelos índios que são capturados no mato junto à barra do rio Ibicuí, de que a cavalaria oriental se estaria a dirigir em barcas para o interior do rio, Abreu destaca o esquadrão de Dragões do Rio Grande, sob o comando do capitão José de Paula Prestes, para se adiantar ao passo de Santa Maria, onde estes encontram de facto umas duas centenas de tropas orientais a passar para a margem norte, no que é já território de Missões.
Envia também meio esquadrão de Entre Rios, sob o comando do capitão Floriano dos Santos, para rechaçar passagens no passo abaixo, que julgo ser o de S. Marcos
Após lidar com a passagem de tropas no Japejú, Abreu decide levar o grosso da sua força para o passo de Santa Maria, de onde o capitão José de Paula Prestes o informa que estavam 200 homens e duas canhoneiras, a passar homens para a margem norte do Ibicuí.
Quando chega a noite, Abreu retira para a área onde havia deixado a bagagem, continuando o tiroteio das canhoneiras no rio. Acaba assim a primeira semana das operações da Coluna Abreu.
Demorarão 2 dias a passar o rio Ibicuí, que estava muito cheio, e seguem a 26 para norte combatendo e destroçando, em duas ações separadas, os elementos da divisão de Sotelo que haviam atravessado os passos, e no dia 27, no arroio Ituparaí, face a 200 cavaleiros orientais que Abreu supunha ser a vanguarda de Sotelo.
A Visão Portuguesa
Nas “Correspondências de José de Abreu”, arquivadas no Arquivo Público do Rio Grande do Sul, encontramos uma carta de Abreu a Curado, data da meia noite do dia 22, em que o tenente coronel descreve o que aconteceu durante o dia 21.
É uma versão diferente da parte oficial, menos polida, escrita logo após a ação. Adiciono-a, antes da Parte Oficial, com ortografia modernizada. Há algumas falhas na decifração do texto, mas não muito relevantes à compreensão.
Illmo. e Exmo. Snr.
Depois de ter escrito ao Sr. brigadeiro Tomás da Costa [Rebelo Correia e Silva] participando-lhe o sucesso do dia 21, recebo agora o ofício de V. Ex.ª pelas oito horas da noite, ao que respondo dando parte a V. Ex.ª que ontem tive a fortuna de chegar ao passo de Japejú sem ser pressentido dos insurgentes; e atacando o acampamento que estava sobre o mesmo passo.
Não tiveram mais tempo (apesar das muitas canoas) de levarem mais que a primeira barca de gente, e os mais ganharem os matos da barra do Ibicuí, e de toda a beira saiam aos cavalos, passando no Uruguai aos 10, e aos 20, e como os ditos matos são muito grandes lhe não pude fazer dano algum.
Mandei entrar a infantaria, e alguma gente de milícias do Rio Pardo, e como o rio estava muito cheio, e os sangradouros de nado apenas puderam tirar dos matos dois índios com algumas chinas e crianças e alguns cavalos dos que passaram o rio, e assim mais deixaram em nosso poder 1500 reses que as tinham metido num potreiro defronte ao povo; as que estavam passando o Uruguai, mandei-as largar por pertencerem ao Sr. brigadeiro Tomás da Costa, ao capitão Francisco Soares, e a outros moradores vizinhos.
Tive parte da gente que entrou no mato que pelo Ibicuí acima subiam algumas canoas grandes, e se avistava um grande corpo de insurgentes na mesma margem.
Mandei o esquadrão de Dragões [capitão José de Paula Prestes] correr a costa do dito Ibicuí, e este avistou no passo de Santa Maria grande número de tropa composta de brancos, negros, e índios fazendo passagem para a província de Missões. E como tivesse eu ordenado ao capitão do dito esquadrão de não arriscar gente, este me mandou parte que lhe faziam frente na beira do mato 200 homens, e duas barcas canhoneiras em meio rio e lhe fazia fogo.
[Passo de Santa Maria]
Caminhei com toda a tropa, deixando unicamente de guarda às carretas o esquadrão de Milícias do Rio Pardo, as quais deixei dentro de um valado que tem na estância do capitão Soares.
Logo que cheguei àquele lugar fiz uma grande picada por onde entrei, com a infantaria e artilharia até ganhar a beira do rio, aonde os descobri na barranca da outra parte, tendo já passado por terem muitas canoas, e as mesmas barcas as quais levavam pelo menos 100 homens de cada vez entre as duas. Logo que nos sentiram na beira do Rio em sua frente me fizeram muito fogo de artilharia de bala e metralha, e felizmente nos não ofenderam porque estávamos cobertos com os barrancos. A largura do rio proibia o fazer-lhes fogo de mosquete.
Mandei dar o primeiro tiro de peça o qual caído fez efeito porque a gente que estava na praia ganhou o mato e ao segundo a barca maior ladeou toda uma banda que quase meteu a borda debaixo de água. Tocaram imediatamente a sargentos, juntaram a cavalhada, e chegaram as barcas e canoas para terra as quais encheram de negros e [...] pelo rio abaixo, e a cavalaria [...] com a direção à barra do Ibicuí.
Mandei sem perda de tempo o tenente Floriano dos Santos com a metade do esquadrão de entre Rios apresá-los ao outro passo mais abaixo para ver se lhe fazia algum dano às embarcações. Deram-lhe com efeito duas descargas de mosquete que a pôs em grande confusão, por lhe darem com muitas balas nas embarcações. Embicaram as duas canhoneiras em terra, e fizeram muito fogo de artilharia enquanto acabavam de passar para baixo.
E como o sol ia a entrar, e não tinha canoas para poder-lhes fazer o que eu queria e [...], retirei-me contudo para onde estavam as carretas, e cuido que toda a noite passaram o Uruguai porque não cessaram até ao amanhecer os tiros de peça.
Ainda que os índios que se pegaram dizem que Andres Artigas passou o Uruguai no passo de Santo Antonio para Missões (cujo passo é defronte o Atanásio) com 800 homens e uma peça, e pediu a José Artigas que o reforçasse pelo Ibicuí, cujo reforço era este que aqui [...], o qual constava de 450 homens brancos e índios, 200 negros e 7 peças de artilharia, porém estas já troceram o caminho [?].
Com este transtorno não esperado, segundo o dizem os mesmos índios. E mais, que um oficial dos índios de São Borja fizera um chasque ao dito Andres Artigas, que passasse que em S. Borja havia pouca gente, e que deles não tivessem receio nem dos portugueses por que os não havia senão no Ibirapuitã em uma paragem chamada S. Diogo aonde eles se ajuntavam, e parece que esta declaração dada por este feitio deve estar certa.
Tudo isto fiz ver hoje mesmo por uma parada ao comandante daquela Provincia, e pretendia decidir-me com a resposta dele; porém em consequência do ofício de V. Ex.ª pretendo estar no dia 24 dentro daquela província o que não me era possivel fazer antes por me ser forçoso vir a este lugar destruir os inimigos que ocupavam o território entre Ibicuí e Quaraí, pois que se eu não tomasse esta deliberação poderiam com facilidade e sem impedimento entranhar-se mais pelos domínios de sua majestade, cuja deliberação foi tomada por mim depois me achar a passar o Quaraí em direitura a Belém segundo as ordens de recebi do Sr. brigadeiro quando tomei conta da partida que comando.
E como é possível Ex.mo S.r que eu encontrasse o inimigo no dia 13 quando neste mesmo dia foi que deixei o caminho que seguia para Belém, conforme aquelas ordens? E para chegar a este lugar me tem sido preciso fazer ainda novas marchas umas forçadas, e outras mais curtas por causa dos pousos e marchas ocultas, e sobretudo sem poder obrar conforme os meus desejos, e da gente que me acompanha.
Porém certifico a V. Ex.ª que de agora por diante farei tudo quanto V. Ex.ª me ordena, já que até agora as mesmas ordens tem sido contrárias às minhas tentativas, e sobretudo não se me haver dado crédito quando a seu tempo fiz ver o que presentemente acontece, o que ainda se pode remediar deixando-me obrar com liberdade e fazer uso da prática que tenho do inimigo e do país. Sendo assim estou certo que não perderei o conceito que V. Ex.ª até agora tem feitos dos meus serviços.
D. G. a V. Ex.ª M. A.
Passo de Japejú à meia-noite de 22 de Setembro de 1816.
Ill.mo e Ex.mo Sr. Joaquim Xavier Curado
Joze de Abreu
[Arquivo Público do Rio Grande do Sul: Correspondências de José de Abreu, 1810-1825. Cota: 466 E]
* * *
Parte Oficial do Tenente-Coronel José de Abreu, sobre o ataque do Passo de Japejú, ao Tenente-General Commandante das Tropas Portuguezas na Fronteira.
José de Abreu |
Illmo. e Exm Sr. — Dou parte a V. Exc. que hontem, 21 do corrente [setembro de 1816],tive a fortuna de chegar ao Passo do Iapejú sem ser sentido do inimigo; e atacando o Acampamento que estava sobre o mesmo Passo, não teve o inimigo mais tempo (apezar de ter muitas canôas) que de passar a primeira barcada de tropas. O resto entranhou-se pelo mato contra a barranca do Ibicuhy [rio Ibicuí]; e por toda a margem do Rio se atiravam a nado aos 10 e aos 20, para passarem ao outro lado. Como o mato é alli muito espesso, não lhe pude fazer maior damno, apezar de ter mandado entrar a perseguil-o a Infantaria e alguns Milicianos, os quaes trouxeram prisioneiros 2 homens e algumas mulheres, e os cavallos dos que se lançaram ao Rio; e assim mais 1.500 rezes, e 25 cavallos que tinham no potreiro, defronte a Iapejú, d’onde os estavam passando.
Como a tropa que entrou no mato participasse que navegava pelo Ibicuhy acima uma frota de canôas, conduzindo tropas inimigas em numero de 200 homens, mais ou menos, mandei o Capitão de Dragões José de Paula Prestes que com o seu Esquadrão examinasse a costa d’este Rio: este Oficial avistou o inimigo no Passo de Sancta Maria, junto á Barra do Ibicuhy, com grande numero de tropas, fazendo a passagem para a Província de Missões; e como lhe houvesse eu ordenado que não arriscasse o seu Esquadrão, ele me participou o que observava, e de que 200 homens do inimigo lhe faziam frente na barranca do Rio, e duas barcas canhoneiras lhe faziam fogo do meio do mesmo Rio.
Marchei então para aquelle logar com ligeireza, deixando unicamente de guarda á bagagem um Esquadrão de Milicianos do Rio Pardo. Chegando alli, conheci a precisão de fazer uma picada no mato, para metter a Artilharia até á margem do Rio, e logo puz em pratica esta operação, que consegui com brevidade; e mettendo a Infantaria e Artilharia pela picada, cheguei á borda do dito Rio, d’onde avistei o inimigo quasi todo já do outro lado, tendo passado com o auxilio das suas grandes Barcas.
Estas, logo que nos avitaram n'aquele ponto, começaram a fazer-nos vivo fogo de bala e metralha, que felizmente para nós foi sem efeito. Como a extensão e grande largura do Rio inutilisasse o meu fogo de mosquetaria, mandei fazer fogo de Artilharia sobre o inimigo, o qual produziu algum efeito, arruinando uma das Barcas, e fazendo fugir da praia o inimigo que estava da parte d’além.
Paso de Yapeyú, no rio Uruguai |
Tendo depois d'isto observado que a Cavallaria inimiga se movia por aquella margem, buscando a Barra, e que as Barcas recebiam tropas, e com ellas navegavam pela mesma direcção, ordenei ao Tenente Floriano dos Sanctos, do Esquadrão de Entre Rios, que marchasse com a metade do dito Esquadrão a occupar outro Passo abaixo, para d’alli fazer fogo ao inimigo. Com efeito chegou lá este Corpo a tempo de fazer algumas descargas sobre as Barcas que passavam; mas logo as canhoneiras se apresentaram, e com o seu fogo protegeram a retirada e passagem do resto. Não tendo eu canôas para com ellas levar adiante as minhas operações n’este dia, retirei-me para o logar da bagagem, e o inimigo pôde repassar o Uruguay.
Fonte
Diogo Arouche de Moraes Lara, “Memória da Campanha de 1816”, in: Revista trimensal de historia e Geographia, ou, Jornal do Instituto Historico e Geographico Brazileiro, n.º 27, Outubro de 1845 pp. 275-276
A Visão Oriental
Carta de Justo Yegros a Andrés Artigas. Le entera de un encuentro que ha tenido con el enemigo en momentos en que se aprestaba a pasar el IBICUY en los corsarios con la tropa del Comandante Pantaleón Sotelo.
[Pueblo de la Cruz, setiembre 23 de 1816.]
* * *
A Visão Oriental
Carta de Justo Yegros a Andrés Artigas. Le entera de un encuentro que ha tenido con el enemigo en momentos en que se aprestaba a pasar el IBICUY en los corsarios con la tropa del Comandante Pantaleón Sotelo.
[Pueblo de la Cruz, setiembre 23 de 1816.]
Con esta fecha noticio a VS. q.e en el momento q.e me reuní con el comandante D. Pantaleon Sotelo para pasar su tropa delotro lado lo verificamos con los corsarios por el arroyo del vicuy el día veinte del q. gira y en virtud de no haver concluido deparar un corto trozo de Cavallada, tubimos q.e aguardar el día Siguiente,
/ luego q.e se concluyo dicho trabajo y q.e nos pusimos en franquia se nos presentaron los Enemigos en el mismo paso con dos piezas de Tren del Calibre de a 4, luego q.e estos tomaron el monte principiaron a dirijir sus fuegos de cañon a los Buques y tropa q.e sehallaban destelado;
/ inmediatamente determiné se hiciera safarrancho abordo y rompi el fuego con los corsarios asta tirarles noche cañonasos contestandome ellos con seis deBala raza; en nuestra Gente no se esperimento ninguna desgracia y al ber el fuego de los Enemigos no sehoia mas voz q. era el de mueran los tiranos q. nos intentan oprimir.
/ Seguidamente determiné salieran los Buques fuera del arroyo del Bicuy para lo qual nos habian preparado nuebamente una Embozcada de Cavalleria a esperar nos aproximaramos a la Costa para lograrnos, esta intencion nunca les surtió Efecto alguno pues con motivo de hir siempre una canoa armada con un cañon a labanguardia fueron descubiertos pues rompieron un fuego vivo afucileria y la canoa les correspondió con un cañonazo ametralla;
/bisto esto trate de entrar por un pequeño arroyo q. está cituado enla misma arroyo delaBicuy por donde pude conseguir el salir con los Buques ybolber a reunirme con D. Pantaleon Sotelo.Yo he llegado ayer veinte y dos al Pueblo dela Cruz a las tres menos quarto a la mañana en donde mehallo componiendo el falucho q.e enteramente esta haciendo agua luego q.° se componga q.° sera muy brebe Sigo mi precipitado Biage a Donde VS. se halla.
Saludo a VS. con todo mi afecto Pueblo dela Cruz 23, de Sepbre de 1816.
Justo Yegros
Fontes
- Archivo Artigas
- Arquivo Público do Rio Grande do Sul: Correspondências de José de Abreu, 1810-1825. Cota: 466 E
Biografia
- Tenente Coronel José de Abreu
Foto no topo
- Rio Ibicui - Cheia Setembro 2012.JPG, Wikicommons, fotografia de Odacir Branco [visitar].
* * *
Forças Portuguesas (Capitania do Rio Grande)
Tenente Coronel José de Abreu (EntreRios), 670 homens (soma)
Cavalaria (530):
- 1 esq, Cav, LSP: Ten José de Castro do Canto e Mello
- 1 esq, Reg Dragões RG, Cap José de Paula Prestes
- 1 esq, Reg Mil Rio Pardo, (Ten Olivério José Ortiz)
- 1 esq, Reg. Entre Rios: 1 esq, Tenente Romão da Souza: 1 esq, (Tenente Floriano dos Santos)
- 1 esq, Mil Guarani (lanceiros) (capitão "Chico")
Inf, LSP (117): Capitães Joaquim da Silveira Leite & José Joaquim Machado de Oliveira
Art, LSP: 2.º Ten José Joaquim da Luz (23), 2 peças c.3
Cavalaria (530):
- 1 esq, Cav, LSP: Ten José de Castro do Canto e Mello
- 1 esq, Reg Dragões RG, Cap José de Paula Prestes
- 1 esq, Reg Mil Rio Pardo, (Ten Olivério José Ortiz)
- 1 esq, Reg. Entre Rios: 1 esq, Tenente Romão da Souza: 1 esq, (Tenente Floriano dos Santos)
- 1 esq, Mil Guarani (lanceiros) (capitão "Chico")
Inf, LSP (117): Capitães Joaquim da Silveira Leite & José Joaquim Machado de Oliveira
Art, LSP: 2.º Ten José Joaquim da Luz (23), 2 peças c.3
Sem comentários:
Enviar um comentário