quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Estado Maior: Álvaro da Costa de Sousa de Macedo


O tenente coronel ÁLVARO DA COSTA DE SOUSA DE MACEDO nasceu no Palácio dos Viscondes de Mesquitela, na Calçada do Combro, em Lisboa, a 22 de Agosto de 1789. Era filho de D. José Francisco da Costa de Sousa e Albuquerque, 2.° visconde de Mesquitela, Armador Mor do Reino, e de Maria José de Sousa Macedo, 2.ª viscondessa de Mesquitela.

Alista-se a 5 de Agosto de 1809 no Regimento de Artilharia n.º 4, no Porto, passando, dois meses depois, a 24 de Outubro, ao Regimento de Infantaria n.º 6, na mesma cidade, como Alferes da 5.ª Companhia. No final do ano, a 29 de Dezembro, passa à 2.ª Companhia de Granadeiros do regimento.

A 29 de Novembro de 1810, é promovido a tenente e nomeado ajudante de ordens do coronel Wiliam Moundy Harvey. Este oficial, do mesmo regimento de Álvaro, comandava a brigada portuguesa constituída dos regimentos de infantaria n.º 11 e 23.

Participa na batalha de Albuhera, em Maio de 1811, onde a sua brigada trava brilhantemente cavalaria francesa em linha. Recebe posteriormente a Cruz de Distinção da batalha, outorgada por Espanha.

Em 1812, é ferido na tomada de Badajoz, juntamente com o seu general e o major da Brigada Thomas Peacocke. Um mês depois, a 5 de Maio, é promovido a capitão.

Em 17 de Agosto de 1813, após a morte do seu general, passa a capitão da 2.ª Companhia de Granadeiros, do Regimento de Infantaria n.º 23.

A 27 de Abril de 1814 é promovido a sargento mor do Regimento de Infantaria n.º 11, com antiguidade de 17 de Fevereiro, após ter sido “encarregado de appresentar a Suas Excellencias os Senhores Governadores do Reino os despachos do lllustríssimo e Excellentíssimo Senhor Marechal General Duque da Victoria, relativo ás acções que houverão desde 14 do referido mez de Fevereiro até 1 de Março". Pelo seu serviço durante a guerra, recebe a Cruz da Guerra Peninsular, 1.ª classe, por 5 campanhas.

A 24 de Junho de 1815, com 25 anos de idade, é promovido a tenente coronel e nomeado deputado do Ajudante General da Divisão de Voluntários Reais do Príncipe, embarcando para o Brasil, em Setembro desse ano, onde serve durante a campanha. A 4 de Julho de 1817 é promovido a coronel.

Após a campanhas do sul do Brasil, é promovido a brigadeiro a 26 de Março de 1821, recebendo o grau de cavaleiro da Ordem da Torre e Espada dois meses antes, a 22 de Janeiro. É o último comandante da Divisão dos Voluntários Reais, assim como Capitão General da Província Cisplatina, quando Carlos Frederico Lecor toma o serviço brasileiro, em Setembro de 1822.
A 18 de Novembro de 1823, após um conflito de um ano entre as forças portuguesas e brasileiras, assina um compromisso com Lecor e as forças portuguesas abandonam Montevideu em Março do ano seguinte. Pelos seus serviços, recebe a Cruz de Ouro de Montevideu.

Já em Portugal, torna-se o governador da Praça de Setúbal em 1824, sendo, em 1828, o encarregado interino do Governo de Armas da província do Minho. 
Em 1830, torna-se o Capitão General e governador da Ilha da Madeira até ao fim da Guerra Civil, sendo promovido a marechal de campo a 2 de Janeiro de 1832. A 26 de Outubro de 1833, é feito conde da Ilha da Madeira e promovido no mês seguinte a tenente general (21 de Novembro).

Após o final da guerra civil, exila-se em França, onde falece em 1835.

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